quarta-feira, 23 de dezembro de 2009


A boa nova

Foi num verão escaldante,
Que chegou o mensageiro
Trazendo uma boa notícia,
A quem não tinha mais esperança.
MULHER! Serás mãe...
Vais ter uma criança.

A noticia foi como o vento,
Aos meus foi noticiado...
Pois, a emoção, a alegria...
Não tinha denominação
Tamanha era a FELICIDADE
Que sentia em meu coração.

Foram horas infinitas, dias de muitos sonhos,
Tudo girava em torno de uma gravidez,
Tudo por aqui era só vida...
E muita sensatez...

Amor e paixão de confundiam
Com a realização de ser mãe,
Pois já havia plantado uma árvore,
Escrito um livro...
E como toda mulher, queria receber a graça,
De ter no colo minha criança,
Pois há anos acalentava esta esperança.

Mas, os meses lentamente foram passando,
E, quando chegou à primavera...
Numa linda manhã ensolarada
Que Deus deu-me o menino de presente.
Meu tesouro... minha Vida,
Mas já foi me entregue com um destino diferente.

Pois sua passagem por este plano,
Seria como um repente.
Pois os mesmos, Anjos, que me deram,
Precisaram dele no além.
E, sem despedidas, meu menino motoqueiro,
Colocou suas asas e retornou com sua missão cumprida...
Mas, SENHOR, ficou aqui nessa terra, uma mãe...
Com uma descomunal alma ferida.

(Autoria: Terezinha C. de Borba Quadros)