terça-feira, 1 de maio de 2007

FILHO...quanta saudades


Um comentário:

Terezinha Borba Quadros disse...

...Filho... Aqui está escuro. O meu fuso é sempre o da noite e canso os olhos na tentativa de ver às cores.Não vejo mais que um fundo
negro e nesse fundo, outro fundo e lá dentro: EU.
desapareci no teu inesgotável interior, imaginando um ninho, uma gruta aquecida -célula da Vida. Dei-te os gritos todos. Os dedos atravessaram correntes frias, camadas de ozônio, atmosfera dolorosas e ficaram parados nas estradas do teu corpo, onde se abriam as flores crescidas para mim. Eras o meu jardim sem canteiros e sem espinhos. Um jardim de jasmins, selvagem e únido e com tanques repletos de peixes reais , de lagos transparentes. Sentava-me nesse chão de musgo, os teus ramos atavam-me as asas, leves,as tuas raízes voavam ao encontro das minhas e éramos um postal de terra na terra. Hoje, filho, há uma fita preta na paisagem. E no meu fuso acumulam-se interrogações patéticas e tristes.
Estou no escuro. Sou para ser assim!
A Mãe que espera o abraço do Amor, do reencontro, de abraços e amassos ....